Maurício Fernandes - Founder e CEO da Skills Network
Conheça a história de Maurício Fernandes e descubra como a Thomas International Brasil e uma consultoria de Minas Gerais são parceiras exclusivas há mais de 20 anos.
Conte um pouco da sua história com a Thomas.
Conheci a Thomas International em meados de 1994. Nessa época, eu atuava como Diretor Comercial de uma Empresa Holding de Consultoria que operava no Brasil e no Exterior na criação e implantação de soluções em change management, gestão do conhecimento, estratégia, processos e pessoas.
Entre as diversas organizações que atendíamos, existia um importante cliente que possuía algumas empresas que disputavam o mercado entre si, mas pretendia torna-se um grupo coeso de atuação global e para tanto estava promovendo um impactante processo de mudança, alterações na composição acionária e uma revolução cultural na organização em busca da maior competitividade.
A partir desse contexto, fomos contratados para apresentar soluções, com a maior discrição possível, para realizar alterações na estrutura societária, organizacional e contribuir para transformar o conglomerado em uma organização globalizada, voltada para a qualidade e o cliente, e gerida em comum acordo com os seus colaboradores.
Entre as implantações de novas estratégias de negócios, objetivos corporativos, visão, valores, missão e índices de melhoria contínua, havia o desafio de mapear as competências (habilidades e comportamentos) de mais de 2.000 profissionais da organização em um curto espaço de tempo. Nós tínhamos uma equipe de consultores especializados em avaliações psicológicas, testes de personalidade e grafologia. Embora essas metodologias fossem muito utilizadas na época, a elaboração de um laudo técnico grafológico, por exemplo, demandava muito tempo.
Para avaliar, em um curto espaço de tempo, mais de 2.000 profissionais, precisávamos de um dos sistemas de avaliações psicométricas que começavam a surgir em congressos, como os da ASTD nos Estados Unidos e outros na Europa. Porém, estávamos no Brasil e, naquela época, encontrar fornecedores de avaliações psicométricas em vários idiomas no mercado internacional não era uma tarefa fácil.
Navegando com a velocidade da internet brasileira da época, consegui, com muito esforço, identificar e testar os principais fornecedores internacionais de avaliações psicométricas do mundo. Entre os fornecedores pesquisados, estava a Thomas International, que foi selecionada com destaque pela equipe de diretores e consultores seniores da nossa empresa.
Além do Relatório de Análise de Perfil Comportamental (PPA), o Sistema Thomas também fornecia o Relatório de Análise de Perfil do Cargo (HJA), Análise de Equipes (TEAMS), entre outros importantes relatórios de assessment, inclusive em diversos idiomas.
Era exatamente disso que precisávamos! Assim começou a minha jornada de relacionamento profissional com a Thomas International. Realizei estudos avançados da Teoria DISC e aprofundei-me em outras fundamentações conceituais que davam sustentação científica e tecnológica ao Sistema Thomas.
Desde então, passamos a utilizar as avaliações psicométricas da Thomas em todos os nossos projetos de consultoria, desenvolvimento gerencial e organizacional.
Como é ser parceiro da Thomas há mais de 20 anos e atender com exclusividade o Estado de Minas Gerais?
Sou mineiro, mas desde o início da década de 80, morava em São Paulo/SP e trabalhava no eixo São Paulo-Rio de Janeiro. Contudo, no final da década de 90, eu já estava com aquele sentimento comum de quem mora por muitos anos fora: a vontade de voltar para casa. A saudade da família, das montanhas de Minas, das cidades históricas do circuito da Estrada Real, da qualidade de vida e da culinária mineira - que apenas quem conhece sabe do que estou falando - contribuíram muito para o meu retorno. Decisão que, até o momento, considero bastante assertiva.
Profissionalmente, o retorno foi bastante positivo, uma vez que já atendia importantes clientes em Minas Gerais nos setores de mineração, siderúrgico, infraestrutura, automotivo, financeiro, telecom, entre outros.
Durante esse período, ampliou-se significativamente o nosso relacionamento com a Thomas International, pois comprávamos cada vez mais unidades de processamento e compartilhávamos com a equipe da Thomas os resultados que obtivemos em nossos projetos de consultoria, programas de treinamento e desenvolvimento.
A ampliação da utilização e a qualidade do relacionamento resultaram em um convite do CEO da Thomas na época para consolidarmos ainda mais nossa parceria em negócios e assumirmos a posição de distribuidor exclusivo da Thomas International em Minas Gerais. Convite este prontamente aceito!
Quais foram, em sua opinião, os maiores desafios na área de desenvolvimento de pessoas no Brasil, nos últimos anos?
No início do novo milênio, a partir de Minas Gerais, atendíamos a quase todas as empresas de telecom que atuavam no mercado brasileiro.
O crescimento exponencial da telefonia móvel ocorrido após a privatização no setor de telecom, no final da década de 90’, gerou uma acirrada competição entre as operadoras, para conquistar as principais fatias do mercado. Estavam vislumbradas com o potencial do mercado brasileiro, que possuía uma enorme população economicamente ativa, inserida em uma economia em desenvolvimento e ansiosa por novas tecnologias que mudariam definitivamente as relações sociais e profissionais, em todo o mundo.
O setor de telecomunicações possui características próprias, sendo um varejo de serviços onde os indicadores de competitividade não se resumem apenas em vendas. Existem outros KPIs, como o de satisfação dos clientes em relação às lojas, call center e serviços diretos, que também influenciam diretamente nos resultados empresariais.
Fomos contratados para contribuir com o desenvolvimento e execução de programas de treinamento para a área de educação corporativa, que tinham como principal desafio a disponibilização de soluções educacionais que desenvolvessem as competências humanas e empresariais necessárias à implantação das estratégias de negócio.
A velocidade do processo de aprendizagem, desaprendizagem e de mudança individual e coletiva era uma fonte crucial de vantagem competitiva no setor de telecomunicações.
A utilização das diversas avaliações psicométricas do Sistema Thomas nesse cenário inovador e turbulento contribuiu significativamente para a eficácia dos programas de educação corporativa nas empresas de telecomunicações, além de significar uma fonte de profundo aprendizado e desenvolvimento de expertise em tecnologias de assessment para todos os envolvidos.
E pensando no futuro, o que você imagina para os próximos anos?
Uma nova era de alta tecnologia está modificando radicalmente os nossos processos de trabalho em todo o mundo. A dinâmica empresarial muda rapidamente a cada momento e cria maiores pressões e desafios profissionais.
O ambiente de trabalho está mais intenso e estressante com o crescente aumento de desafios, novas atividades e responsabilidades. Nosso contexto profissional ultrapassou o ciclo das oito horas diárias e nos envolve o tempo todo. Não podemos mais nos “desligar” quando saímos de nossos trabalhos. Temos que fazer sempre mais com menos, independentemente dos resultados já alcançados.
Trabalhamos e interagimos diariamente com muitas pessoas que efetivamente não conhecemos, seja à distância ou dentro do ambiente frio e impessoal que normalmente caracteriza o mundo virtual.
Para aumentarmos a efetividade, é essencial elevarmos nosso nível de conhecimento em relação aos colaboradores, ampliando o nível de “high touch”, ou seja, os aspectos humanos da gestão e comunicação, e equilibrando com o “high tech”. Tudo isso pode ser uma forma poderosa de otimizar o processo de interação profissional entre pessoas ou grupos de trabalho.
A utilização de tecnologias de assessment, como a análise de perfil comportamental, análise de times, avaliação da inteligência emocional e cognitiva, indicadores de traços de alto potencial, feedback 360º, dentre outras avaliações disponíveis no Sistema Thomas para processos de gestão de pessoas, reconhece que os colaboradores são o recurso mais valioso de uma empresa e que é essencial compreender profundamente o que os torna engajados, interativos, produtivos e felizes no ambiente de trabalho.
As diversas Avaliações Psicométricas disponíveis no Sistema Thomas podem explicar com precisão o significado de determinadas atitudes e comportamentos de colaboradores e candidatos. A análise de informações referentes às atitudes e comportamentos das pessoas no ambiente de trabalho impacta positivamente nos processos de contratação, retenção de profissionais e até mesmo no estilo de liderança.
Nos últimos anos, fomos frequentemente chamados para compatibilizar os resultados de algumas avaliações psicométricas da Thomas International com determinadas avaliações ou sistemas utilizados por alguns dos nossos clientes. Para atender a essas necessidades específicas, desenvolvemos o Skills Systems, uma plataforma de People Analytics que se integra com o Sistema Thomas.
O People Analytics é um ambiente do Skills Systems onde são apresentados os resultados do processo de coleta, organização e análise de dados de bancos relacionais, sobre competências, desempenho, engajamento, nível de stress, prática de valores, padrões comportamentais e traços de personalidade dos colaboradores e candidatos.
O People Analytics disponibiliza a geração de gráficos, tabelas, matrizes, diagramas, grids e relatórios em diversas saídas, a partir dos resultados das avaliações, filtros e cruzamentos que possibilitam uma análise de dados em outro nível.
O principal objetivo é contribuir para a tomada de decisão, antecipando tendências e aprimorando as práticas de gestão de pessoas.
Em sua opinião, quais serão os principais desafios para a Gestão de Pessoas?
Precisamos alcançar crescentes níveis de produtividade e qualidade. De uma maneira geral, isso vai exigir das pessoas mais comunicação, mais informação, mais aprendizagem, mais sinergia e colaboração, seja presencial, à distância ou integradas. Esses desafios exigem soluções que conciliem as dimensões tecnológicas, operacionais e comportamentais.
Precisamos conseguir isso com melhores custos na gestão de recursos humanos, com a utilização de tecnologias que asseguram um maior aproveitamento dos investimentos, uma melhor relação custo-benefício e o aumento de efetividade de nossos principais processos humanos e organizacionais.
A arena da competitividade está se tornando, a cada dia, mais agressiva e perigosa para executivos e gestores despreparados e muito mais atraente para aqueles que souberem aproveitar as diversas oportunidades existentes.
