Tais Souza - Diretora Técnica de Treinamento da Thomas International Brasil
Tais Souza conta sua trajetória com a Thomas, desde sua primeira certificação em 2003 até a parceria como distribuidor no Brasil. Ela destaca a confiança que as pessoas têm na empresa e nas ferramentas oferecidas, graças à credibilidade internacional e ética da Thomas. Tais também menciona os desafios enfrentados como distribuidor e os destaques em sua carreira.
Conte um pouco da sua história com a Thomas.
Eu conheci a Thomas como cliente no início dos anos 2000. Naquela época, os candidatos respondiam as questões no formulário de papel e a gente lançava em um sistema, isso há mais de 20 anos, em um mundo ainda sem internet.
Nosso Diretor Presidente já trabalhava com o PPA na companhia multinacional americana que ele era Diretor de RH e trouxe a ferramenta para o time de Atração e Seleção conhecer. Como estudante de Psicologia na época, eu me interessava muito por avaliações psicométricas e me encantei também com o PPA.
Minha primeira certificação da ferramenta foi em 2003. Tenho minha primeira apostila até hoje. É a minha relíquia!
Em 2008, em meio a mais uma crise financeira mundial, nosso novo CEO fez cortes drásticos de custos e a Thomas acabou sendo um deles.
No final de 2016, recebemos o convite para sermos os distribuidores da Thomas aqui no Brasil e minha alegria foi imensa. Quando recebi a notícia, por esse mesmo CEO, não consigo descrever a felicidade que tive!
No início de 2017, o time de TTT (Training The Trainers) veio para o Brasil para capacitar as pessoas que seriam os treinadores daqui, e eu estive à frente desse primeiro desafio. Receber os treinamentos de todas as ferramentas e também treinar nosso time.
Foi muito importante e significativo esse período que estivemos trabalhando junto com o time de treinadores da Inglaterra. Um grande desafio, mas igualmente prazeroso.
Qual você acredita que seja o segredo para que várias pessoas permaneçam tanto tempo na Thomas?
Eu vejo que as pessoas que estão há muito tempo na Thomas confiam na empresa e confiam nas ferramentas que temos, por serem pessoas igualmente confiáveis. Isso é sinergia. Uma empresa com credibilidade, reflete isso no seu pessoal.
Temos a chancela de instituições respeitadas internacionalmente em todas as nossas ferramentas. Nossos cientistas da psicometria estão dentro das mais respeitadas instituições de ensino do mundo, pesquisando novas ferramentas e garantindo as boas práticas e atualizações das que já estão no mercado há mais tempo, como o nosso PPA, por exemplo. Isso é, para mim, mais um fator que faz com que tantos bons colaboradores estejam conosco há tanto tempo. Credibilidade e reconhecimento internacional.
Uma empresa ética e respeitada que respeita os indivíduos, é porque conta com pessoas que são assim também. Confiáveis, com credibilidade, éticas e respeitosas. Assim são as pessoas que trabalham na Thomas há muito tempo, porque assim é a Thomas!
Como distribuidor Thomas, quais foram seus maiores desafios?
Os desafios nos são impostos diariamente. Porém acredito que a vinda da Thomas para o Grupo Soulan em 2017 foi, para mim, o meu maior desafio.
Eu estava de licença maternidade quando isso tudo aconteceu e havia estabelecido com a empresa uma licença estendida, mas a vinda da Thomas no início de 2017 adiantou meu retorno. Naquele momento a única pessoa que poderia receber os treinamentos da Inglaterra era eu, porque além de Diretora Técnica e psicóloga, não tinha mais ninguém que falasse inglês.
Receber um time novo, com uma cultura bem diferente da que tínhamos no Grupo Soulan, foi igualmente uma barreira que entendemos que haveríamos de superar juntos. E assim fizemos! Entendendo os potenciais e gaps de cada pessoa, de cada time, trazendo a responsabilidade para nós da gestão, trabalhando os indivíduos e os times para um objetivo comum.
Quais foram os destaques em sua carreira com a Thomas?
Enquanto Consultora, muitas empresas se destacam nos trabalhos que já desenvolvi com as nossas ferramentas. Sempre é muito bom acompanhar o despertar para o autoconhecimento que as pessoas têm ao receber os resultados das nossas avaliações.
Em cada treinamento que fazemos com times de RH em nossos clientes, percebemos o quanto podemos contribuir para a melhoria das relações entre as pessoas. Para mim, pessoalmente, não se trata somente de melhorar a performance que leva a empresa a ter melhores resultados. O que me encanta e me motiva de verdade, é perceber que através das nossas ferramentas podemos levar os RHs a perceberem que eles podem fazer a diferença na vida das pessoas. Cada cliente, de diferentes segmentos e áreas de atuação, que pude entregar um treinamento ou um trabalho de desenvolvimento foi importante para mim. Não importa, estamos sempre falando de pessoas!
Se tivesse que trazer um único destaque, não haveria como deixar de ser o nosso próprio desafio interno. Conhecer o potencial e o gap de cada pessoa de nosso time e trabalhar individualmente para que cada um deles possa primeiro, se conhecer, em seguida, aceitar fazer parte de um trabalho para seu desenvolvimento e consequentemente, acompanhar os bons resultados que o profissional vem entregando. Melhoria de performance e de resultados da empresa, não acontecem em um passe de mágica. São consequência de um trabalho conjunto entre uma liderança genuinamente interessada pelos seus colaboradores e de liderados genuinamente interessados em crescer e se desenvolver profissionalmente. E quando eu vejo isso acontecer, sinto que minha missão foi cumprida.
Quais foram, na sua opinião, os maiores desafios na área de RH durante sua carreira?
Além da Pandemia de COVID-19?! Esse foi um super desafio! Mas foi para o mundo inteiro, com a gente não seria diferente.
A mudança para o mundo digital, talvez por ser o mais recente, esteja sendo ainda muito desafiadora para nós. Fomos a última área dentro das empresas a passar por essa transformação e acabamos tendo que fazer isso às pressas. Ainda encontro certa relutância de algumas pessoas em automatizar processos com medo de ser substituído por uma Inteligência Artificial. E esse sentimento é realmente válido.
O desafio da área de RH está em compreender o nosso verdadeiro papel dentro das organizações, que nenhuma Inteligência Artificial será capaz de entregar: relacionamento, interesse genuíno por pessoas, escuta ativa empática.
Por mais que os cientistas da área de tecnologia estejam se esforçando muito para entregar uma inteligência artificial capaz de compreender sentimentos, ela jamais será capaz de fazer como um humano. Claro que a capacidade de identificar padrões e nos apresentar estudos de probabilidades de respostas de uma pessoa, facilita demais nosso dia a dia. Mas quando essa pessoa não estiver bem por qualquer motivo e sua produtividade cair, apenas um ser humano bem treinado e genuinamente interessado por pessoas conseguirá perceber e ajudar.
Quais desafios você acredita que os profissionais de RH terão no futuro?
Acredito que ainda esteja muito relacionado à tecnologia. Por termos sido a última área a ser automatizada, percebo que estamos testando algumas coisas. Certas tecnologias já validadas em outras áreas das empresas, acabam ainda sendo questionadas por nós. É evidente que a chegada da nova geração de profissionais na área de RH vai dar outro ritmo a essas mudanças. E isso já está acontecendo!
Desafios relacionados aos preconceitos e vieses inconscientes já tomam grande parte das agendas dos líderes de Recursos Humanos. Estamos vivendo uma época bem importante de rompimento de padrões e, ao contrário do que aconteceu com a tecnologia, o RH é a primeira área a encarar isso.
RHs bem preparados, estão com questões de gênero, raça, idade, religião, etc em cima de suas mesas diariamente. E ainda não há respostas certas ou mais adequadas para todo mundo, ainda não existe um padrão. Cada empresa está buscando seu jeito, sua forma de lidar com cada uma dessas questões conforme elas vão se apresentando. Quem estiver atento a essas questões e disposto a reconhecer e trabalhá-las, se destaca e traz a nova geração, que tem mais engajamento com essas pautas e também são mais adeptos às novas tecnologias.