Valéria Pimenta - Diretora Comercial na Thomas International Brasil
Conheça a história de Valéria Pimenta que passou duas décadas na Thomas Brasil, desde sua contratação como consultora até chegar ao cargo de diretora comercial. Saiba como a empresa se atualizou ao longo do tempo, os desafios enfrentados na época pré-internet e como a metodologia da Thomas continua a contribuir para os processos de RH e desenvolvimento de pessoas.
Conte um pouco da sua história com a Thomas.
Iniciei minha trajetória na Thomas Brasil no final de 2002, minha primeira posição após a contratação foi a de consultora.
O dia a dia era bem desafiador, tínhamos uma meta de fazer 4 visitas por dia, em uma época onde não contávamos com waze e agenda dos celulares tinha espaço para somente 20 números. Assim meu carro era um escritório sobre rodas com guia de ruas, agenda, ficha dos clientes e etc.
No sistema da Thomas os desafios não eram menores, o sistema era instalado no computador do cliente a partir de um conjunto de disquetes e ficava em um hardlock que era acoplado na CPU dos computadores dos clientes e ali estavam o arquivos dos relatórios aplicados e as unidades de processamento (os famosos créditos) adquiridos pelos clientes. Perdi a conta de quantos hardlocks dos clientes foram descartados pelas áreas de TI, que por não saberem do que se tratava, jogavam fora e lá se iam inúmeros relatórios e créditos.
As demonstrações para empresas que se interessavam em conhecer as soluções eram aplicadas em papel, este formulário preenchido era enviado a Thomas por fax e o retorno do relatório era feito também por fax e assim fazíamos a devolutiva.
Cresci com a Thomas, passei de consultora a diretora comercial, onde permaneci por 12 anos e vi a empresa crescer e se atualizar. A Thomas foi a primeira empresa de assessments a migrar sua solução para uma plataforma na web, fazer parte disso foi incrível pois facilita e agiliza os processos.
Apesar dos desafios de uma época menos tecnológica e mais burocrática e da economia mundial e brasileira nos últimos 20 anos, que impactam a nós e aos nossos clientes, sempre fomos uma equipe engajada e coesa, com muita vontade de contribuir com soluções para os processos de RH e gestão das empresas. E isso foi algo que não mudou!
Você passou os últimos 20 anos da sua carreira com a Thomas, o que a levou a ficar tanto tempo?
Os resultados que consigo entregar aos clientes, ver o quanto a metodologia contribui com os processos de RH, com o autoconhecimento das pessoas e assim com seu desenvolvimento foi o que fez permanecer ligada a Thomas por tanto tempo.
Existem inúmeros assessments no mercado e ao longo destes anos tive a oportunidade de conhecer vários. Na minha percepção, nenhum é tão acurado e com textos tão objetivos quanto os da Thomas. Os assessments deixam claro para as organizações onde aquele candidato/colaborador precisa eventualmente de apoio e onde ele é quem apoia. Para o indivíduo, as soluções dão clareza sobre seu comportamento, inteligência emocional, personalidade e de como ele é percebido pelo seu entorno.
Outro ponto que me fez permanecer na Thomas é a possibilidade de estar em organizações de diferentes segmentos, tamanhos, resultados e culturas. Meu dia a dia é muito diverso e para uma pessoa com meu perfil, isto é encantador!
Construí ao longo destes anos relacionamentos sólidos com pessoas e organizações, onde posso estar presente, apoiar e também aprender. No Brasil com os antigos distribuidores, como Victor Martinez que me contratou, com os consultores que primeiro foram pares e depois liderados, com o atual distribuidor Marcelo Souza, que tem sido um exemplo positivo de líder para mim. Fora do Brasil o contato com os executivos e distribuidores da Thomas International ao longo dos anos, como Martin Reed, Merle Ballaigues (operação EUA/Canadá), Nelson Gonçalves (operação Portugal), Lars Madsen (operação Dinamarca), Nigel Stratford Way (Thomas UK), dentre outros, também trouxeram novas formas de pensar.
Devo todos estes relacionamentos e aprendizados à Thomas International.
Quais foram os destaques em sua carreira com a Thomas?
São tantos destaques e tantas histórias, começando pelo aprendizado, aprendi muito com todos que cruzaram meu caminho, todos contribuíram e continuam contribuindo com a profissional que me tornei e me torno a cada dia. Depois, os projetos incríveis com clientes, onde vi resultados que muitas vezes mudaram de forma positiva o dia a dia do negócio, que apoiaram líderes na gestão de seus times e que trouxeram clareza para indivíduos de seus talentos e de pontos de atenção para o desenvolvimento. Foram 20 anos com muitos cases e absolutamente todos foram relevantes de alguma forma.
Quais foram, na sua opinião, os maiores desafios na área de RH durante sua carreira?
Seguramente foi esta área sair do operacional e passar ao estratégico, deixar de ser conhecido como “as meninas do RH” e passar a ser essa área empoderada que vemos hoje, que fica ao lado dos/das CEOs para apoiá-los/las na tomada de decisão, pois se a frase “uma empresa não pode mudar seus resultados, as pessoas podem” de Thomas E. Dewey é uma verdade, não existe área mais estratégica para uma empresa que o RH.
Reconheço que esta ainda não é a realidade para 100% das organizações, mas o movimento caminha para isto. Basta estarmos sempre atentos e provocando esta mudança.
Quais desafios você acredita que os profissionais de RH terão no futuro?
Na minha visão, o futuro do RH tende a reforçar o quanto esta área é estratégica para os resultados da organização, no entanto a área segue em constante mudanças.
Desde o isolamento pela pandemia de COVID-19, que trouxe o desafio do trabalho remoto e agora híbrido, a área precisa estar em frequente atualização para compreender o que está acontecendo e aplicar o que faz sentido à realidade da sua organização.
O apoio aos gestores para temas relevantes como saúde mental, segurança psicológica e diversidade será um desses desafios, visto que é esperado do RH a promoção da saúde e do bem-estar dos profissionais no ambiente de trabalho.
O RH é a área central para a employee experience, para a valorização dos colaboradores, para a contratação e manutenção de talentos na organização e também é fundamental para desenvolver as habilidades e competências dos colaboradores.
Desta forma vejo as soluções da Thomas cada dia mais presente nas organizações tirando a subjetividade dos processos e sendo apoio para este RH estratégico na condução de seus desafios.