Aggie DaSilva - CEO da Leadership Sales Academy
Conheça a história de como um encontro em uma feira de RH nos EUA levou à criação da Thomas International no Brasil, e como o conceito DISC foi introduzido e adaptado para o mercado brasileiro.
Conte-nos como começou a sua trajetória com a Thomas International?
Estava em julho de 1992 visitando uma feira de RH em Palm Springs/Palm Desert, na Califórnia, quando fui chamado para um estande onde se lia TIMS (Thomas International Management System). A pessoa que me chamou era Thomas Hendrickson, criador do sistema PPA-DISC nos EUA, juntamente com Geier e Carlson, e o matemático Carl Fisher, responsável pela criação dos logaritmos que validaram o sistema. Thomas me convidou a fazer o assessment. Recebi uma folha de papel em inglês e, ali mesmo, com um lápis na mão, fiz o teste completo. Fiquei surpreso ao ler o relatório, que descrevia com perfeição meu comportamento preferido no trabalho e sob pressão. Fiquei tão apaixonado que tive uma visão ideológica e pensei comigo mesmo, como sempre faço: "O Brasil precisa de uma ferramenta como essa!"
Thomas e eu nos demos muito bem. Fui convidado por ele para passar alguns dias em sua mansão em Tucson, Arizona, que tinha uma bela vista das montanhas áridas e seus cactos gigantes. Ao entrar na mansão, a primeira coisa que notei foi um piano de cauda branco e tomei a liberdade de sentar e tocar "Garota de Ipanema". Tom e Margie, sua esposa, se encantaram com o momento e ficaram felizes com o início de uma amizade. Depois de vários dias falando sobre o produto, ele me perguntou se eu não gostaria de ser o distribuidor da Thomas no Brasil. Eu disse que sim, e em julho de 1993, trouxemos o DISC para o Brasil e começamos a usá-lo em empresas em grande escala.
O idioma disponível na época era o português de Portugal, o que foi um grande desafio inicialmente. Tínhamos que explicar isso para todos os clientes até que pudéssemos investir uma quantia razoável de dinheiro para traduzir mais de 50 mil palavras e adaptar o sistema para o português brasileiro, o que levou quase dois anos.
Íamos até o cliente, apresentávamos o sistema, escolhíamos uma área piloto para fazer uma demonstração, administrávamos o PPA e corriamos de volta para o escritório para processar todas as informações. Em seguida, levávamos o resultado de volta para o cliente, com os relatórios e gráficos, e fazíamos a interpretação e devolutiva ali mesmo. Os clientes ficavam encantados com o que viam e ouviam. O resto é história.
Você trouxe para o Brasil o conceito DISC, o que despertou seu interesse na psicometria?
A visão ideológica mencionada na resposta anterior. O Brasil precisava de uma ferramenta como esta. Tanto precisava quanto precisa, e neste momento está aí a grande prova e o sucesso que este psicométrico faz no mercado brasileiro, na América Latina e no Mundo.
Com a Thomas completando 30 anos no Brasil este ano, quais os grandes marcos que você destacaria?
Eu diria que, depois do Thomas, o acordo com os ingleses, que adquiriram os direitos da Thomas para o mundo, foi crucial para impulsionar o produto tanto do ponto de vista tecnológico quanto de marketing. Isso permitiu uma melhor apresentação e introdução no mundo do comportamento humano dentro das empresas e um uso mais adequado com objetivos bem definidos a serem alcançados.
O que impulsiona a sua paixão em formar líderes de sucesso?
Os dois momentos mais importantes da nossa vida são quando nascemos e quando descobrimos o nosso propósito. A árvore não come o seu próprio fruto, o rio não bebe a sua própria água e o sol não brilha para si mesmo. A natureza nos mostra que nascemos para servir aos outros. Descobri que nasci para servir aos outros e a minha forma de servir é formando líderes. Passo a passo, estou realizando essa missão que se transformou em uma verdadeira paixão.